O ABANDONO DO FORTE SANTA MARIA

Foto: Google




Canhão morteiro (virou lixeira)
Localizado no Porto da Barra, num ponto de grande visibilidade, é um dos locais que mais despertam o interesse dos turistas e visitantes da cidade. O seu acervo bélico se não é significativo, tem algumas peças raras, como um canhão morteiro, que todos deviam conhecer o seu valor histórico, e não, usá-lo como lixeira, pela ignorância que reina absoluta e ninguém faz nada para mudar e ainda atrapalha quem quer fazer alguma coisa. 



A história registra, que no ano de 1638, juntamente com o Forte São Diogo, repeliu durante trinta dias, os ataques da frota de Maurício de Nassau, impedindo o seu desembarque naquele sítio. 

Faz onze anos que o Forte Santa Maria está abandonado, sem que uma ação de manutenção, conservação ou restauro, tenha sido feita pelo Iphan. No ano de 2001 a Marinha brasileira, detentora da posse do forte, o devolveu ao Serviço de Patrimônio da União (SPU), por haver perdido a função para a qual estava destinado. 


Porto da Barra
Salvador-Ba
Alguns dias após a formalização da devolução, a ABRAF, em parceria com a Petrobras, que queria transformá-lo num espaço cultural, comprometendo-se a custear a recuperação do monumento e disponibilizar recursos financeiros para a cobertura dos custos com as atividades que ali seriam desenvolvidas, inclusive com a contratação de segurança para o monumento, encaminhou ofício ao presidente do SPU, em Brasília, solicitando a posse do forte para a finalidade exposta. 

Qual não foi a surpresa, quando meses depois, o Comando da 6ª Região Militar recebe do SPU, correspondência consultando-o sobre sua concordância à pretensão da ABRAF. Um absurdo! Já que os imóveis da União estão, todos eles, sob a responsabilidade do SPU. Podendo dispor dos mesmos dentro dos limites da lei, sem consultar ninguém. Credito tal fato, às pessoas que caem de pára-quedas nas chefias de órgãos do governo, sem terem o mínimo conhecimento de sua finalidade e competências, e são deixados à deriva pelos próprios funcionários que se negam a assessorá-los corretamente, deixando-os quebrar a cara e caírem no ridículo. 

Passado esse incidente, nunca mais deram notícias e também nunca responderam oficialmente à solicitação da ABRAF. Anos depois, entramos com um projeto de uso, acompanhado de um diagnóstico técnico sobre a real situação física do monumento. Fomos recebidos pela Superintendência Regional, que nos informou de que éramos o quarto pretendente ao forte e que a preferência era para órgãos públicos. Soubemos, posteriormente, que o forte foi cedido para a ANIMA, uma ONG, ligada à Universidade Federal da Bahia. A ABRAF também era uma ONG e sua proposta era muito mais consistente. Isso tem uns quatro anos e até hoje nada foi feito. O Forte continua abandonado e se degradando.



Vídeo feito por um internauta denuncia o estado de abandono do píer - Paulo Coutinho










Anésio Ferreira Leite é
Administrador de empresas e 
Diretor Presidente da ABRAF
e-mail: abraf.presidencia@gmail.com
+55 71 9122-8776
+55 71 8882-8776

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