O ARREPENDIMENTO DO IPHAN







Foto: Correio da Bahia

Após a reconstrução do píer e do flutuante do Forte São Marcelo, a ABRAF recebeu do Iphan uma comunicação informando que, a partir daquele momento, estava encerrada a relação de parceria com a Associação e nulo de pleno direito o Termo de Cessão de Uso firmado a 13 de julho de 2000, fazendo juntada de um Termo de Distrato que deveria ser assinado pela ABRAF. Por discordar da proposta por considerá-la indecente e não encontrar razão para tal, a Diretoria da ABRAF convocou uma assembléia geral extraordinária de associados, para analisar o assunto e pronunciar-se. Os associados optaram por deixar claro a discordância da Associação, ao tempo em que encaminhavam uma moção de repúdio pela intempestividade da proposta, a questão seria resolvida pela via judicial. Desistiram. 


Procurando entender o porquê da atitude do Instituto do Patrimônio, obtivemos a informação de que havia o interesse pessoal do então Diretor de Operações, em assumir o Forte. Após o recuo do Iphan, o referido diretor afastou-se do forte e do Presidente da ABRAF, com o qual mantinha uma relação cordial de apreço e consideração. 



Forte são Marcelo é também conhecido como Forte do Mar
Foto: Jota Freitas
Este foi o segundo conflito com o Iphan em tão pouco tempo de vigência contratual. Ao longo do tempo, descobrimos que incomodávamos todas as vezes que solicitávamos autorização para realizar um evento ou implementar um novo projeto. Tinham medo da responsabilidade. Não queriam ser co-responsáveis nas realizações da ABRAF, por isso as decisões eram sempre lentas e demoradas, quase sempre inviabilizando a realização do evento. Muitas decisões foram arrancadas a fórceps. 

Durante dez anos e oito meses, tempo de duração do Termo de Cessão de Uso, nunca houve uma reunião para uma conversa de parceria, de amigos, saber como andavam as coisas, o que estávamos precisando, o que estávamos pensando. Quando iam ao Forte, entravam mudos e saiam calados. Máquina fotográfica na mão. Fotografavam tudo! E o resultado eram relatórios frios que só expressavam o que achavam de errado, sob a ótica deles. Nunca um elogio. Vocês estão fazendo um bom trabalho, jamais! E nós sabíamos do valor do trabalho desenvolvido pela associação. Elogiado pelos visitantes, nacionais e estrangeiros. Pensem os senhores, que isso já acontecia em menos de dois anos de parceria. Só para se ter uma idéia de como esse relacionamento deteriorou-se ao longo do tempo, o último Superintendente Regional, em mais de dois anos de gestão, não disponibilizou agenda para receber qualquer membro da Diretoria da ABRAF, inclusive seu Diretor Presidente, mesmo quando sabia que ele estava do lado de fora de sua sala. Os funcionários do Iphan reclamam que ele também não os recebe. E esse homem continua no cargo! Por que?


Anésio Ferreira Leite
Diretor Presidente da ABRAF
+ 55 71 9122-8776 / + 55 71 8882-8776
e-mail: abraf.presidencia@gmail.com

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