Forte São Marcelo - Os primeiros tempos







Após assinar o Termo de Cessão de Uso com o Iphan para administrar e revitalizar o Forte São Marcelo e, nele desenvolver ações culturais, de lazer e de turismo, além de responsabilizar-se pela captação dos recursos necessários à implementação dos diversos projetos: lanchonete, museu, restaurante, entre outros, a ABRAF partiu, célere, na busca de parceiros que pudessem ou quisessem participar do processo de revitalização do Forte São Marcelo.


Forte São Marcelo - antes da reforma de 2005

Forte São Marcelo após a reforma de 2005

Naquele mesmo ano de 2000, em dezembro, procurado por uma produtora cultural para a realização de uma festa de final de ano, vimos a oportunidade de viabilizar alguns recursos para as despesas correntes, até aquele momento sem receita e com um passivo considerável. Definidas as condições de realização da mesma, o Iphan, ao tomar conhecimento, ao invés de convidar a ABRAF para uma conversa de esclarecimento e providências que viessem a ser acordadas, como devem fazer parceiros civilizados, resolveu, intempestivamente, denunciar a ABRAF ao Ministério Público Federal. Daquele momento em diante, ficou claro, quão difícil seria a convivência com aquela instituição. O que veio a se confirmar com o passar do tempo.


Embora tenha havido uma cerimônia formal para a assinatura do Termo de Cessão de Uso, não houve o ato de entrega das chaves do monumento e retirada daquele senhor que morava no forte. O Iphan permitiu que ele continuasse morando no forte e com a posse das chaves. Não satisfeito, contratou-o como funcionário. O referido senhor só deixou o forte em setembro de 2005, mais de cinco anos após a assinatura do Termo de Cessão de Uso e, isso só veio a acontecer porque o Tribunal de Contas da União questionou a presença do mesmo no Forte São Marcelo, determinando que ele fosse trabalhar nas instalações físicas do Instituto ou que fosse demitido. Ele não poderia ser ou estar lotado no Forte, sendo funcionário do Iphan, como era. Durante todos esses anos a ABRAF teve que conviver e administrar os conflitos decorrentes da presença dele no Forte São Marcelo. O que não foi pouco, nem insignificante.




A ABRAF só veio a receber as chaves da porta de entrada do Forte São Marcelo, mais de dois anos depois, quando era Superintendente o Sr. Frederico Mendonça, após ingentes esforços e correspondências nesse sentido aos dois superintendentes que o antecedeu. Mesmo assim, recebeu uma cópia. A original ficou com o senhor que morava no forte, agora funcionário do Instituto do Patrimônio.
Frederico Mendonça - Ex-superintendente do IPHAN-BA (foto: Google)


Durante cinco anos e dois meses procuramos empresas grandes, médias e pequenas, nacionais e estrangeiras, no sentido de viabilizar recursos. Viajamos ao Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília, por diversas vezes. Estivemos no Ministério das Relações Exteriores, para a captação de recursos junto a governos estrangeiros. Cinco anos e dois meses... 

(continua no próximo artigo)

Anésio Ferreira Leite
Diretor Presidente da ABRAF
+ 55 71 9122-8776 / e-mail: abraf.presidencia@gmail.com

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